No breu da noite
Dissipam-se os véus dos mundos
Faço arder a brasa em meu cachimbo
Preencho o cômodo de aura, cresço
E me transporto junto a ti
Caminhamos, como irmãs na senda
Avistamos uma clareira sob a Lua
Tateamos gravetos, folhas e resina
Damos forma ao berço da Terra
Faiscando pedras, damos vida ao fogo
Outros irmãos celebram conosco
Nus, alvos, no círculo de pedras
Cabelos soltos, negros
Assaigo ethema ikau
Athiyê assemble ikau
Assemble assari
Nossos corpos em cor de brasa
Se transformam em um feixe
Um corpo esguio e frio se forma
Em Luz a Serpente surge.
Com o calor do fogo na terra
Se forma a vida mais
nobre.
Por Kelli Cristina
02/11/2015
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